terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um ar que falta


Falta-me o passo firme
olhar a brisa
encontrar teu rosto
que o devaneio consome
veja que criatura
cultiva em teu posto
passos desatinos
terrivelmente
taciturno
remediar a vida acontecendo
Pela manhã
onde andará?
olho para todos os lados
me desequilibro
volto na contramão
risco o chão com o meu caminho
e arrisco ter todas as cores
todas as letras do teu livro
Para mim?
Oh! Quão tolo!
Fazer poesia em solo nômade
É esperar que o mundo a revelia
faça girar a borda da saia.