terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um ar que falta


Falta-me o passo firme
olhar a brisa
encontrar teu rosto
que o devaneio consome
veja que criatura
cultiva em teu posto
passos desatinos
terrivelmente
taciturno
remediar a vida acontecendo
Pela manhã
onde andará?
olho para todos os lados
me desequilibro
volto na contramão
risco o chão com o meu caminho
e arrisco ter todas as cores
todas as letras do teu livro
Para mim?
Oh! Quão tolo!
Fazer poesia em solo nômade
É esperar que o mundo a revelia
faça girar a borda da saia.

3 comentários:

  1. A poesia quando percorre solo nômade, como nômade que percorre apenas seu interior estará sempre tentando olhar a brisa no horizonte para sentir as palavras do rosto que está entre as janelas.

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  2. Então ela absorve os Nutrientes e alimenta de vida o seu amigo e mesmo que ele pense não estar absorvendo, a semente já está plantada e irá germinar um dia.

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  3. Fazer poesia em solo nômade
    é melhor do que não fazer poesia
    é pelo menos levantar a barra de uma saia
    e naquele momento saber que o solo seria profundo
    se não fosse nômade...

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